Esportes radicais e risco calculado é a melhor forma de descrever práticas que envolvem exposição a perigos reais, mas com responsabilidade. Conforme informa Ian Cunha, coragem não é ausência de medo, e sim a capacidade de reconhecer riscos, preparar-se de forma adequada e decidir com lucidez mesmo sob pressão. Em vez de buscar situações imprudentes, o praticante aprende a transformar o medo em atenção, disciplina e foco no que precisa ser feito a cada segundo.
Quando essa mentalidade é incorporada, esportes como kitesurf, escalada, snowboard ou motocross deixam de ser apenas “aventuras” e se tornam processos estruturados de tomada de decisão. Continue a leitura e descubra tudo sobre o assunto:
Esportes radicais: risco calculado e autoconhecimento
Nos esportes radicais, risco calculado começa pelo autoconhecimento honesto sobre condicionamento físico, nível técnico e estado emocional. De acordo com Ian Cunha, quem ignora esses fatores tende a se expor a desafios para os quais ainda não está pronto, confundindo coragem com imprudência. Reconhecer que determinado percurso, rampa ou manobra ainda não é adequada ao seu estágio é um ato de responsabilidade consigo e com os demais envolvidos na prática.

Esse autoconhecimento é construído com treino progressivo, registro de experiências e feedback constante de instrutores ou parceiros mais experientes. Ao observar como reage em diferentes situações, o praticante identifica padrões: momentos em que se desconcentra, sinais de fadiga, gatilhos de ansiedade. Com essas informações, ele aprende a ajustar gradualmente o nível de desafio, evitando saltos bruscos de dificuldade e reduzindo a chance de acidentes provocados por excesso de confiança ou pressão externa.
Preparação física e mental
Esportes radicais: risco calculado também significa enxergar preparação física e mental como parte inseparável da prática. Como Ian Cunha destaca, não se trata apenas de “aguentar mais”, mas de construir um corpo que responda com estabilidade, coordenação e rapidez em cenários imprevisíveis. Treinos de força, mobilidade, equilíbrio e condicionamento cardiorrespiratório ajudam a reduzir lesões e a manter a capacidade de tomada de decisão mesmo quando o corpo está sob alta demanda.
No campo mental, técnicas de respiração, visualização e foco no presente ajudam a administrar o medo sem negá-lo. Em vez de tentar “eliminar” a sensação de risco, o praticante aprende a interpretá-la como sinal de alerta para revisar equipamentos, rever a linha escolhida ou, em alguns casos, simplesmente recuar. Essa postura madura transforma a relação com o medo, que deixa de ser inimigo e passa a ser um aliado na construção de escolhas mais seguras e conscientes.
Risco calculado na gestão do ambiente e dos equipamentos
Outro pilar dos esportes radicais: risco calculado é a leitura atenta do ambiente e a gestão rigorosa dos equipamentos. Assim como comenta Ian Cunha, não basta dominar a técnica; é essencial entender vento, correnteza, neve, terreno, tráfego e demais variáveis externas que podem mudar rapidamente. Antes de iniciar qualquer atividade, o praticante responsável analisa previsões, avalia o local, observa outros atletas e verifica se as condições estão coerentes com seu nível de experiência.
Da mesma forma, equipamentos devem ser vistos como extensão do corpo e da estratégia de segurança. Checar freios, cabos, pranchas, coletes, capacetes e sistemas de proteção não é formalidade, mas rotina inegociável. Pequenos sinais de desgaste, ajustes mal feitos ou peças inadequadas podem multiplicar o risco de forma silenciosa. Ao criar listas de verificação e seguir recomendações técnicas dos fabricantes, o atleta reduz a margem de erro e aumenta a chance de que, se algo der errado, as consequências sejam minimizadas.
Esportes radicais, risco calculado e protagonismo sobre a própria vida
Em última análise, esportes radicais: risco calculado representam muito mais do que busca por adrenalina; são um exercício permanente de responsabilidade e protagonismo. Para Ian Cunha, a verdadeira coragem está em reconhecer a vulnerabilidade, preparar-se com seriedade e dizer “não” quando as condições não estão adequadas. Esse modo de pensar se estende para além da montanha, da pista ou do mar, influenciando decisões em negócios, relacionamentos e escolhas de vida.
Autor: Leonid Trofimov

