Golpes virtuais: Operação contra perfis falsos no Pará

Xenia Tyrson
Xenia Tyrson 48 Views 4 Min Read
Quebra de sigilo de perfil falso

A Polícia Civil do Pará lançou uma ofensiva contra uma associação criminosa dedicada a golpes virtuais, resultando na prisão preventiva de oito suspeitos. Essa rede operava em diversos estados, incluindo Mato Grosso e Goiás, utilizando perfis falsos em aplicativos de mensagens para cometer crimes patrimoniais. Batizada de “Operação Ludibrio”, a investida teve início na última sexta-feira, visando desarticular essa prática criminosa que se baseava em fraudes eletrônicas, principalmente no esquema conhecido como “falso parente”.

Golpe do “falso parente” e o uso do PIX

A modalidade de golpe investigada, popularmente chamada de “falso parente”, consiste na utilização de identidades falsas para solicitar transferências financeiras, especialmente via PIX, fazendo-se passar por familiares ou conhecidos das vítimas. A delegada Vanessa Lee explicou que o grupo criminoso atuava de forma interestadual, usando aplicativos de mensagens para criar uma falsa sensação de proximidade com as vítimas, o que facilitava o golpe.

Prejuízos financeiros e investigações

Durante a investigação, que abrangeu o período entre março e julho de 2022, constatou-se que o grupo causou prejuízos financeiros significativos, estimados em cerca de R$ 95 mil apenas no Estado do Pará. A DECCC, Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos, foi crucial para identificar os suspeitos e desarticular a associação criminosa.

Ação integrada e mandados expedidos

A operação envolveu a emissão de 14 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). A Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados Por Meios Cibernéticos (DCCEP), ligada à DECCC, liderou os trabalhos investigativos, com o apoio operacional de outras unidades policiais, como as Polícias Civis de Goiás, Mato Grosso e Paraíba.

Antecedentes criminais e alcance nacional

Os investigadores constataram que alguns membros da associação criminosa já possuíam registros criminais por diversos delitos, incluindo furto qualificado, receptação e tráfico de drogas. Além disso, foi revelado que o grupo também havia feito vítimas no estado do Rio de Janeiro, ampliando o alcance nacional de suas atividades ilícitas.

Bloqueio de recursos suspeitos

O delegado-geral Walter Resende informou que, além das prisões e buscas, foram determinados bloqueios de valores identificados como suspeitos durante as investigações. A colaboração com a Polícia Civil do Rio de Janeiro foi crucial para identificar padrões nos golpes perpetrados pela associação criminosa, permitindo a continuidade das investigações e a possível prisão de outros envolvidos.

Prosseguimento das investigações

Apesar dos avanços obtidos com a operação, as autoridades ressaltaram que as investigações continuarão, visando localizar e prender outros suspeitos envolvidos nesse esquema fraudulento. A integração entre as diferentes unidades de Polícia Judiciária se mostra essencial para enfrentar o desafio dos golpes virtuais, protegendo os cidadãos contra ações criminosas cada vez mais sofisticadas e abrangentes.

Como proceder em casos de golpe com perfis falsos?

Em casos de golpes envolvendo perfis falsos, é essencial manter a calma e buscar imediatamente ajuda das autoridades competentes, como a Polícia Civil, registrando um boletim de ocorrência. Além disso, procurar o apoio jurídico especializado para serviços de quebra de sigilo de perfil falso, como é o caso do Dr. Jonatas Lucena, é outra medida muito importante, bem como relatar o ocorrido às plataformas ou redes sociais onde o perfil falso foi identificado, para que possam investigar e, se possível, remover a conta fraudulenta também é recomendável. Evitar compartilhar informações pessoais ou financeiras com desconhecidos online é uma medida preventiva fundamental. 

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