A Nova Zelândia anunciou um aumento significativo na taxa de entrada para visitantes estrangeiros, o que pode impactar o turismo no país. A partir de 1º de outubro, a taxa passará de NZ 35para NZ 100, enquanto o custo dos vistos para aqueles que necessitam também aumentará, passando de NZ 130 para NZ 130 para NZ 341.
Especialistas do setor, como Xie Xingquan da Associação Internacional de Transporte Aéreo, expressaram preocupações de que essas mudanças possam tornar a Nova Zelândia um destino menos atraente, especialmente em um momento em que o turismo ainda se recupera dos efeitos da pandemia de Covid-19. Antes da pandemia, o turismo era a maior fonte de exportação do país, superando até mesmo as exportações de laticínios.
O governo neozelandês justifica o aumento das taxas como uma forma de ajudar a cobrir os custos de infraestrutura e conservação ambiental, especialmente em áreas remotas que são populares entre os turistas. Apesar do aumento, o Ministro do Turismo, Matt Doocey, acredita que a Nova Zelândia continuará competitiva em relação a outros destinos como Austrália e Reino Unido.
A indústria do turismo na Nova Zelândia ainda enfrenta desafios, como a redução da capacidade das companhias aéreas e a lenta retomada das viagens do mercado chinês. Mesmo assim, o setor ainda gera mais de NZ$ 13 bilhões anualmente, com cerca de 3,2 milhões de visitantes estrangeiros no último ano.
Xie Xingquan sugere que, em vez de aumentar as taxas, a Nova Zelândia deveria buscar maneiras de melhorar sua competitividade como destino turístico. Ele cita o exemplo da Tailândia, que recentemente abandonou planos de introduzir uma taxa de turismo para incentivar o gasto dos visitantes em outras áreas.
Rebecca Ingram, da Tourism Industry Aotearoa, também expressou preocupações sobre o impacto das novas taxas na recuperação do turismo, que ainda está abaixo dos níveis pré-pandemia. Ela acredita que isso pode prejudicar a competitividade global da Nova Zelândia como destino turístico.
O governo, no entanto, estima que a nova taxa de entrada representa apenas cerca de 3% do total gasto por um visitante internacional, minimizando assim o impacto potencial nas chegadas de turistas. A discussão sobre o equilíbrio entre custos e atratividade continua, enquanto a Nova Zelândia busca formas de sustentar seu setor turístico